PALAVRA NA PAUTA

Escrever é muito mais que usar as letras do alfabeto.
Escrever é criar, é transmitir pensamentos, é divulgar momentos, é expressar talento, é deixar na história o sentimento.

domingo, 26 de setembro de 2010

OS EVANGÉLICOS E A PIRATARIA

*Esta matéria foi escrita  em 2007 e publicada no Jornal Teologia Carioca.


ATÉ QUE PONTO NOSSA FÉ E ÉTICA TEM DETERMINADO NOSSAS ESCOLHAS QUANTO A QUE PRODUTOS CONSUMIR E COMO CONSUMIR?

O que é pirataria?
Os piratas dos grandes mares usufruíram produtos de outros para acumularem riquezas, como nós já assistimos várias vezes o cinema retratar. Na realidade, não vemos as cenas como de filmes piratas, com guerras, apropriação de outros navios, mas vemos muitos edificando sua casa com lucro de um trabalho que não é seu. isso é justo?
Pirataria é a violação de direitos autorais. É crime previsto pelo artigo 184 do código penal, da Constituição Federal do Brasil, com pena de dois a quatro anos de reclusão, mais multa para quem a pratica. A questão é: quem pratica a pirataria informal reproduzindo em casa, também comete um crime?
O maior argumento para justificar a pirataria é o preço salgado do produto original, dizem os infratores. Poucos podem dar-se ao luxo de comprar um original e não sentir nem um pouquinho a dor no bolso.
Um CD de áudio original custa mais de R$20,00, quando vendido nas lojas. Enquanto a cópa pirata sai por R$ 5,00. Ou, é mais barato ainda quando se pega um CD ou DVD emprestado e copia no seu próprio computador. A tecnologia cada vez mais avançada facilita esse processo de "pirataria pacífica". O computador com gravadores de CD/DVD, a Internet com banda larga e os aparelhos de MP'S fazem proliferar essa rede, sem contar que um CD e DVD virgens não pesam no orçamento.
Mas não se para pra pensar que o custo da produção de um CD com várias músicas se começa antes da gravação. Antes de tudo é preciso escolher um repertório. Após a escolha está na hora de pensar nos aranjos musicais. Para gravar, há a contratação do produtor e dos músicos, além dos ensaios. Na gravação usa-se um estúdio equipado e os técnicos. As etapas finais levam ao processo de mixagem, masterização, designer gráfico (fotos e capa), fabricação, distribuição, comercialização e a divulgação. Chegando às lojas com um custo alto de trabalho e impostos. Segundo a APDIF (Associação Protetora dos Direitos Intelectuais Fonográficos), o maior custo está no pagamento dos impostos - 30% do custo total seguido pelo custo de produção 28% e com uma margem de 15% de lucro. É assim que chega o produto para o consumidor.
O produtor fonográfico, Carlinhos Maciel, confirma as informações acima: "Para entrar em um estúdio de gravação precisa ter em média o valor de R$25 a R$30 mil, isso sendo uma produção independente. Uma gravadora investe muito mais. Só a fábricação de cada CD custa R$3,50, fora o frete. Pagamos músicos por cada música".
O IBOPE divulgou que mais de 80 mil empregos foram perdidos desde 1997 por causa da pirataria musical. Em 2006, cerca de 70% dos brasileiros consumiram produtos piratas e 40% das vendas foram ilegais. Segundo dados da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), o Brasil ocupa hoje a terceira posição no ranking mundial de pirataria fonográfica (55%), perdendo apenas para a China (90%) e para a Rússia (65%).
Como cristãos nós encaixamos nestas estatísticas? Podemos ser contados nos números das pesquisas realizadas?
*Continua...

terça-feira, 31 de agosto de 2010

NO EXTREMO DAS ESTAÇÕES-2ª parte



O que a Bíblia diz sobre a mudança climática e que contribuições a Igreja pode oferecer?

            A Bíblia relata sobre a vinda do Filho do Homem em Lucas 21:25 e 26: “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados”. Logo em seguida a parábola da figueira exorta a vigilância: “Olhai as figueiras e todas as árvores. Quando começam a brotar sabeis que o verão está próximo. Quando virdes tais coisas, sabei que está próximo o Reino de Deus”. Outra passagem é relatada em Isaías 24:5-6a “Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, violam os estatutos e quebram a aliança eterna. Por isso, a maldição consome a terra, e os que habitam nela se tornam culpados”.
            A responsabilidade da Igreja é grande diante desse fato. Deus criou a terra para o nosso habitat (Isaías 45:18). Ele abençoou e deixou-a aos nossos cuidados (Gênesis 1:26). Mas quando Adão e Eva se rebelaram contra o Criador o cenário mudou. Desde então a terra geme sob a maldição do nosso pecado (Romanos 8:19-25).
            A Bíblia fala sobre uma restauração ambiental de magnitude global: uma Terra novamente crida (Apocalipse 21:1), que irá acontecer quando Jesus voltar para redimir a criação do pecado. Até isso acontecer cabe aos cristãos serem mordomos do planeta que Ele nos confiou. Não se pode explorar seus recursos com ganância e ambição tecnológica, nem dedicar mais cuidado ao ambiente do que às pessoas que nele vivem. Não se pode esquecer que Deus criou a terra para sustentar a vida dos que nela habitam (Salmo 24:1).
            Deve se ter em mente que, em última análise, só Jesus Cristo pode restaurar o perfeito equilíbrio entre uma nova Terra e uma nova humanidade. Até então os cristãos são desafiados a serem mordomos sábios da boa criação de Deus.

Vamos salvar o planeta

            O mundo tem se preocupado com essa questão, pelo menos é o que temos ouvido. A ONU (Organização das Nações Unidas) em suas cúpulas em busca de soluções para o meio ambiente firmou um acordo em Kyoto no ano de 1997, o tão conhecido Protocolo de Kyoto, onde definiu metas de emissões de gases causadores do efeito estufa. Ele determina que 37 países industrializados, além da União Européia, comprometam-se a reduzir suas emissões de gases do efeito estufa em 5% sobre os níveis de 1990.
            Apesar da última cúpula em Copenhague não ter alcançado os objetivos esperados, o mundo precisa acordar. A Igreja precisa se movimentar para preservar e cuidar da Terra criada por Deus para nosso sustento. Recebemos o mundo como herança, para administrá-lo e entregá-lo para quem vem depois de nós: filhos, netos... 

terça-feira, 24 de agosto de 2010

NO EXTREMO DAS ESTAÇÕES

Quem não parou pra pensar por que o calor tem sido demais ou a ter conhecimento de notícias sobre o frio intenso na Europa e nos Estados Unidos não se perguntou o que tem acontecido?
Nessa matéria que é a primeira de uma série de matérias sobre as causas das mudanças climáticas vamos refletir sobre o que podemos fazer para enfrentar essa crise e até mesmo ajudar a salvar o nosso planeta.
Ficamos assustados ao nos depararmos com os termômetros marcando cerca de 42º no dia 16 de fevereiro deste ano, no Rio de Janeiro. A cidade de São Paulo também chegou a marcar 34º e Belo Horizonte 32,6º, fazendo com que esse dia fosse considerado o dia mais quente do ano, segundo o Clima Tempo.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) considerou o dia 23 de fevereiro como uma ameaça para a saúde. O céu aberto e sem nuvens trouxe uma  forte radiação solar em todas as capitais brasileiras, inclusive Brasília. O índice de raios ultravioletas (UV), foi 14, um número que representa perigo máximo.
O Rio de Janeiro está entre os lugares mais quentes do mundo. No dia 10 de fevereiro de 2010 foi registrada a segunda maior sensação térmica do planeta, só perdendo para Gana, na África. A onda de calor também atingiu o Paraguai, onde pelo menos 30 mortes foram computadas e a maioria era de idosos.
Mas não foi só o calor que deu as caras no planeta. O inverno na Europa e Estados Unidos foi ao extremo.  Na Europa as temperaturas atingiram 20º negativos em dezembro de 2009, levando à morte 80 pessoas. O acúmulo de neve chegou a 50 centímetros levando ao caos o sistema de transportes. Os trens foram os mais afetados. Com o gelo nos trilhos acidentes aconteceram e houve paralisação nas ferrovias.
Nas últimas semanas a Rússia tem sofrido com as queimadas por causa da maior temperatura medida no país. Se no inverno  o frio chegou a -26º, o verão tem alcançado 39º. Enquanto isso o Paquistão está com grande parte de seu território alagada.
O InstitutoNacional de Metereologia nos Estados Unidos divulgou que o acúmulo de neve atingiu cerca de 60 centímetros no nordeste do país em fevereiro do ano corrente. A violenta tempestade de neve também atingiu Nova York paralisando empresas, escolas e transportes.
Essas mudanças climáticas que temos acompanhando acontecem principalmente por causa da mão do homem, que têm sido provocadas desde a Revolução Industrial, no século dezoito, momento que aumentou a poluição do ar. Desde a industrialização os seres humanos têm injetado quantidade cada vez maiores de Dióxido de Carbono (CO2) na atmosfera. O IPCC -  Painel Intergovernamental para a Mudança Climática, em sua avaliação mais recente, diz que a temperatura da Terra subiu 0,74º  entre 1906 e 2005 a previsão é que continuará subindo o que elevará os níveis dos mares, aumento dos "eventos extremos", como ondas de calor, furacões e grandes tempestades, além de extinção de espécies. Cientistas do IPCC no último relatório em 2007 afirmam com 90% de certeza, que os homens são os responsáveis pelo aquecimento global. Para garantir a qualidade de vida atual, a temperatura média do planeta não deve ultrapassar 2º C. No Brasil há impactos significativos em vários lugares como na Amazônia, no nordeste semi-árido e nos litorais. Na passagem do ano e em abril as chuvas causaram deslizamentos e mortes e na semana passada o tempo seco causou queimadas em vários Estados.Mas, é possível salvar o planeta se a humanidade reduzir de 50% a 85% as emissões de CO2 até a metade do século.
A maior fonte brasileira de emissões de gases do efeito estufa é o desmatamento. Mesmo com o esforço político de combater esse problema, a taxa de desmatamento na Amazônia cresceu 3,8% entre 2007 e 2008.
Inverno rigoroso e calor intenso são a prova que as mudanças climáticas são fenômenos causados pela humanidade.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

UM TEMPO PARA A SAÚDE

SAUDÁVEL, segundo o dicionário Houaiss, quer dizer tudo que traz benefícios à saúde. Agora pense: o que você tem feito para cuidar da sua saúde? Como estão os seus hábitos alimentares? Quais exercícios físicos você tem praticado?
            Nossos dias não têm cooperado com a vida saudável. Tempo corrido, apertado, condições econômicas não favoráveis e com isso falta de motivação.
É importante reconhecer que mudar hábitos e reorganizar a rotina exige dedicação e disciplina. Só depende de você.
            A Universidade Federal de Campinas organizou um “tripé” para uma vida saudável: Exercícios regulares, Alimentação equilibrada e Preparo psicológico.
            O primeiro passo na busca pela qualidade de vida é a prática de atividade física. O começo pode ser tranqüilo, mas o que vai dificultar é a busca pela regularidade. “Sem regularidade não acontecem as adaptações fisiológicas ao treinamento”, informa o professor de educação física Robson de Lima, é o chamado “princípio da continuidade”. Mas antes de começar a atividade, é preciso procurar um médico e estar sob a orientação de um profissional de educação física qualificado. O médico irá indicar o melhor exercício para praticar e o professor ira auxiliar nos exercícios que devem ter intensidade.
            Obter vida saudável requer disciplina alimentar. Em primeiro lugar é preciso estabelecer horários certos para as refeições e não deixar espaços grandes entre elas e consumir até seis refeições por dia, três completas e entre elas lanches leves. É o que diz a nutricionista Michele: “Se a gente fica muito tempo sem se alimentar, o organismo enxerga como uma agressão, com isso o metabolismo fica lento e retém as energias, ou seja, não queima as calorias e na próxima refeição a gente tende a comer mais do que o necessário fazendo o organismo absorver mais e ficando difícil de controlar”.  Em segundo lugar é importante montar uma refeição equilibrada, como a Pirâmide Alimentar mostra: equilíbrio e variedade. O prato ideal deve conter carboidratos, proteínas, fibras, vitaminas, minerais e gorduras leves, ou as gorduras poli-saturadas, como azeite. As gorduras trans e saturadas devem ser reduzidas da alimentação evitando o leite integral e os queijos amarelos, que elevam o teor de colesterol no organismo. “Um alimento só não tem todos os nutrientes. Por isso é preciso consumir todos os grupos alimentares para que tenha a quantidade certa dos macros quanto dos micro-nutrientes”, acrescenta a nutricionista. Vale lembrar que a alimentação equilibrada, sem excesso de açúcares e gorduras evita doenças como as cardiovasculares, diabetes, hipertensão, obesidade entre outras.  
            “Pensar na mudança de hábitos, sobretudo, os alimentares exige que novas experiências sejam realizadas. Estas novas experiências nos obrigam a uma nova aprendizagem e, por isso, provoca em cada um de nós uma elevada dose de ansiedade”, declara o psicólogo e sociólogo Sérgio Brasil. “Será que vai dar certo?”, você pode se perguntar. É preciso se preparar seguindo alguns passos: respondendo a si mesmo, como devo lidar com o novo? Que frustrações podem decorrer do insucesso? Como conter minhas ansiedades e gerenciar os resultados?  Tudo isso implica uma certa "estabilidade" emocional e uma certa disposição para lidar com o insucesso. Não é nada grave, porém para todo um conjunto de novas ações, novas atitudes devem ser administradas no sentido de poder enfrentar a situação sem ficar sobre o domínio intenso de ansiedades.
Mudanças de atitudes podem gerar emoções diferentes, pois as pessoas são diferentes, diz o psicólogo. É necessário que sejam definidas metas e etapas particulares a serem alcançadas; ordená-las em grau de dificuldade emocional; definir cada “vitória” como “combustível” emocional contra as frustrações dando ânimo para continuar e avaliar cada insucesso diagnosticando os “deslizes”. Ao decidir mudar os hábitos alimentares a procura por uma ajuda psicológica, além do endocrinologista e nutricionista, deve ser feita. “O diagnóstico psicológico permitirá ao aprendiz conhecer suas tensões iniciais, seus medos e inseguranças frente a novos desafios e se está preparado ou não para lidar com ansiedades. Não se esqueça: toda mudança de comportamento impõe sempre um novo processo de aprendizagem e de que todo o novo é potencialmente fonte de medos e ansiedades”, lembra Sérgio Brasil.
 Saiba que os resultados não surgirão em curto prazo, mas eles certamente serão vistos no aumento da resistência a doenças, na melhora no desempenho físico e na redução do estresse. O importante é dar o passo inicial.