É pecado consumir produtos piratas?
O grupo MK Music, gravadora evangélica, atuou em 2005 com uma campanha contra a pirataria. Os cantores e locutores faziam apelos na rádio El-Shadai divulgando o processo criminoso apoiado no versículo bíblico em Jeremias 22:13: "Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça, e os seus aposentos sem direito, que se serve do serviço do seu próximo sem paga, e não lhe dá o salário do seu trabalho". Segundo Yvelise de Oliveira, presidente do grupo MK de Comunicação, "Há cristãos que compram, copiam e distribuem material pirata".
O presidente da gravadora AB Records, Pr. Ronaldo Barros declara que o artista mais prejudicado é aquele que tem maior aceitação no mercado. "De um modo geral, há de 50 a 60% de prejuízo para cada artista e o lucro de quatro a cinco CDs originais são perdidos com a pirataria. Os cristãos sempre arrumas um argumento para burlar o que se fez ao copiar um CD/DVD, se justificando do erro de não comprar o produto original".
Segundo a cantora gospel Gisele Nascimento, "Tudo está sendo afetado. Os cantores não vivem mais da venda dos seus CDs. Eu tenho vivido das ofertas dadas pelas igrejas. A gravadora distribui o CD po R$ 7,50 e eu tenho vendido por R$ 10,00. Deus me sustenta".
O prejuízo final não é somente das gravadoras fonográficas, que perdem milhões de reais, ou da economia nacional que fecha as portas de milhares de empregos diretos e indiretos. Não! Para nós cristãos, que queremos plantar os valores do Reino de Deus nessa geração, o maior prejuízo causado pela prática da pirataria é a consolidação de valores ímpios, cada vez mais reafirmados em nossos comportamentos, tais como o lucro imediato à causa de outro (s), a desonestidade e o individualismo, tudo em detrimento de valores que são espirituais e eternos. É correto o cristão evangélico piratear?
Fontes:
APDIF e ABPD-www.abpd.org.br
IBOP - www.ibope.com.br
IFPI - www.iar.unicamp.br
ECAD - www.ecad. org.br
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PALAVRA NA PAUTA
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Escrever é criar, é transmitir pensamentos, é divulgar momentos, é expressar talento, é deixar na história o sentimento.
sábado, 28 de maio de 2011
Continuação da matéria "Os evangélicos e a pirataria"
Quais são as formas de coibir a pirataria?
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD), existe a forma repressiva, que consiste na prisão das pessoas envolvidas e a preventiva. Também é importante realçar que a pirataria não abrange somente a falsificação de CD ou DVDs, mas está contida num espectro muito maior. Este envolve ainda contrabando, descaminho, formação de quadrilha, evasão de impostos e outros crimes.
A pirataria, conforme dados da Polícia Federal, movimenta o crime organizado. O lucro é utilizado na compra de armas, de drogas como a cocaína e a maconha e drogas sintéticas.
Um dos sócios da Planet Vídeo Locadora, Rodrigo Rodrigues, em Campo Grande, declara que certamente a pirataria de DVDs torna o ramo de locação muito injusto. Ao comprar 4 DVDs originais do Quarteto Mágico, pagamos R$103,90 em cada um. Este investimento só será recuperado com três meses de aluguel. Só depois começarão a ter algum lucro. Todavia, o mesmo DVD pode ser alugado na loja, por um concorrente, pelo valor de R$4,00, multiplicando-a em quantos DVDs quiser, tendo o custo por cópia em torno de R$ 3,00 a R$ 5,00 cada.
Em cinco anos de atuação naquele ponto comercial, o empresário afirmou que foi visitado por algum tipo de fiscalização apenas uma vez. "Na Zona Oeste não existe fiscalização, nem por parte da UBV (União Brasileira de Vídeo), nem por qualquer órgão de fiscalização do Estado".
A ABPD divulgou que o Brasil por ser um grande produtor musical, ter extensões territoriais enormes e uma falta de fiscalização por parte das autoridades, tem sido uma grande vítima da pirataria musical.
O ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), instituição criada pelo Governo Federal, é formado por dez associações de música para realizar a arrecadação e a distribuição de direitos autorais decorrentes da execução pública de músicas nacionais e estrangeiras.
" O ECAD utiliza o ISRC (Código Internacional de Normatização de Gravações), para fiscalizar a produção dos CDs, através de um cadastramento de fonograma. Cada CD é numerado para que o cantor controle o número de vendas", conta Carlinhos Maciel. Esse é um dos meios que o governo encontrou de controlar a pirataria.
Continua...
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD), existe a forma repressiva, que consiste na prisão das pessoas envolvidas e a preventiva. Também é importante realçar que a pirataria não abrange somente a falsificação de CD ou DVDs, mas está contida num espectro muito maior. Este envolve ainda contrabando, descaminho, formação de quadrilha, evasão de impostos e outros crimes.
A pirataria, conforme dados da Polícia Federal, movimenta o crime organizado. O lucro é utilizado na compra de armas, de drogas como a cocaína e a maconha e drogas sintéticas.
Um dos sócios da Planet Vídeo Locadora, Rodrigo Rodrigues, em Campo Grande, declara que certamente a pirataria de DVDs torna o ramo de locação muito injusto. Ao comprar 4 DVDs originais do Quarteto Mágico, pagamos R$103,90 em cada um. Este investimento só será recuperado com três meses de aluguel. Só depois começarão a ter algum lucro. Todavia, o mesmo DVD pode ser alugado na loja, por um concorrente, pelo valor de R$4,00, multiplicando-a em quantos DVDs quiser, tendo o custo por cópia em torno de R$ 3,00 a R$ 5,00 cada.
Em cinco anos de atuação naquele ponto comercial, o empresário afirmou que foi visitado por algum tipo de fiscalização apenas uma vez. "Na Zona Oeste não existe fiscalização, nem por parte da UBV (União Brasileira de Vídeo), nem por qualquer órgão de fiscalização do Estado".
A ABPD divulgou que o Brasil por ser um grande produtor musical, ter extensões territoriais enormes e uma falta de fiscalização por parte das autoridades, tem sido uma grande vítima da pirataria musical.
O ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), instituição criada pelo Governo Federal, é formado por dez associações de música para realizar a arrecadação e a distribuição de direitos autorais decorrentes da execução pública de músicas nacionais e estrangeiras.
" O ECAD utiliza o ISRC (Código Internacional de Normatização de Gravações), para fiscalizar a produção dos CDs, através de um cadastramento de fonograma. Cada CD é numerado para que o cantor controle o número de vendas", conta Carlinhos Maciel. Esse é um dos meios que o governo encontrou de controlar a pirataria.
Continua...
domingo, 26 de setembro de 2010
OS EVANGÉLICOS E A PIRATARIA
*Esta matéria foi escrita em 2007 e publicada no Jornal Teologia Carioca.
ATÉ QUE PONTO NOSSA FÉ E ÉTICA TEM DETERMINADO NOSSAS ESCOLHAS QUANTO A QUE PRODUTOS CONSUMIR E COMO CONSUMIR?
O que é pirataria?
Os piratas dos grandes mares usufruíram produtos de outros para acumularem riquezas, como nós já assistimos várias vezes o cinema retratar. Na realidade, não vemos as cenas como de filmes piratas, com guerras, apropriação de outros navios, mas vemos muitos edificando sua casa com lucro de um trabalho que não é seu. isso é justo?
Pirataria é a violação de direitos autorais. É crime previsto pelo artigo 184 do código penal, da Constituição Federal do Brasil, com pena de dois a quatro anos de reclusão, mais multa para quem a pratica. A questão é: quem pratica a pirataria informal reproduzindo em casa, também comete um crime?
O maior argumento para justificar a pirataria é o preço salgado do produto original, dizem os infratores. Poucos podem dar-se ao luxo de comprar um original e não sentir nem um pouquinho a dor no bolso.
Um CD de áudio original custa mais de R$20,00, quando vendido nas lojas. Enquanto a cópa pirata sai por R$ 5,00. Ou, é mais barato ainda quando se pega um CD ou DVD emprestado e copia no seu próprio computador. A tecnologia cada vez mais avançada facilita esse processo de "pirataria pacífica". O computador com gravadores de CD/DVD, a Internet com banda larga e os aparelhos de MP'S fazem proliferar essa rede, sem contar que um CD e DVD virgens não pesam no orçamento.
Mas não se para pra pensar que o custo da produção de um CD com várias músicas se começa antes da gravação. Antes de tudo é preciso escolher um repertório. Após a escolha está na hora de pensar nos aranjos musicais. Para gravar, há a contratação do produtor e dos músicos, além dos ensaios. Na gravação usa-se um estúdio equipado e os técnicos. As etapas finais levam ao processo de mixagem, masterização, designer gráfico (fotos e capa), fabricação, distribuição, comercialização e a divulgação. Chegando às lojas com um custo alto de trabalho e impostos. Segundo a APDIF (Associação Protetora dos Direitos Intelectuais Fonográficos), o maior custo está no pagamento dos impostos - 30% do custo total seguido pelo custo de produção 28% e com uma margem de 15% de lucro. É assim que chega o produto para o consumidor.
O produtor fonográfico, Carlinhos Maciel, confirma as informações acima: "Para entrar em um estúdio de gravação precisa ter em média o valor de R$25 a R$30 mil, isso sendo uma produção independente. Uma gravadora investe muito mais. Só a fábricação de cada CD custa R$3,50, fora o frete. Pagamos músicos por cada música".
O IBOPE divulgou que mais de 80 mil empregos foram perdidos desde 1997 por causa da pirataria musical. Em 2006, cerca de 70% dos brasileiros consumiram produtos piratas e 40% das vendas foram ilegais. Segundo dados da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), o Brasil ocupa hoje a terceira posição no ranking mundial de pirataria fonográfica (55%), perdendo apenas para a China (90%) e para a Rússia (65%).
Como cristãos nós encaixamos nestas estatísticas? Podemos ser contados nos números das pesquisas realizadas?
Mas não se para pra pensar que o custo da produção de um CD com várias músicas se começa antes da gravação. Antes de tudo é preciso escolher um repertório. Após a escolha está na hora de pensar nos aranjos musicais. Para gravar, há a contratação do produtor e dos músicos, além dos ensaios. Na gravação usa-se um estúdio equipado e os técnicos. As etapas finais levam ao processo de mixagem, masterização, designer gráfico (fotos e capa), fabricação, distribuição, comercialização e a divulgação. Chegando às lojas com um custo alto de trabalho e impostos. Segundo a APDIF (Associação Protetora dos Direitos Intelectuais Fonográficos), o maior custo está no pagamento dos impostos - 30% do custo total seguido pelo custo de produção 28% e com uma margem de 15% de lucro. É assim que chega o produto para o consumidor.
O produtor fonográfico, Carlinhos Maciel, confirma as informações acima: "Para entrar em um estúdio de gravação precisa ter em média o valor de R$25 a R$30 mil, isso sendo uma produção independente. Uma gravadora investe muito mais. Só a fábricação de cada CD custa R$3,50, fora o frete. Pagamos músicos por cada música".
O IBOPE divulgou que mais de 80 mil empregos foram perdidos desde 1997 por causa da pirataria musical. Em 2006, cerca de 70% dos brasileiros consumiram produtos piratas e 40% das vendas foram ilegais. Segundo dados da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), o Brasil ocupa hoje a terceira posição no ranking mundial de pirataria fonográfica (55%), perdendo apenas para a China (90%) e para a Rússia (65%).
Como cristãos nós encaixamos nestas estatísticas? Podemos ser contados nos números das pesquisas realizadas?
*Continua...
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